Rua Lins

Meu avô se chamava André, mas todos o conheciam como Lins. Meu vô Lins.
Por uma coincidência -ou não-, moro na rua que leva seu nome, o real, não o apelido.

sábado, 8 de mayo de 2010

Diário de 09 de setembro de 2009

Mulher que não trabalha fora vai ficando cada dia mais marruda e sem assunto... só resolve coisa chata. Trabalha feito condenada se de fato for deixar tudo como manda o figurino, mas não causa impacto. Em ninguém.

Desde que me casei, lavei no máximo 30% das louças sujas desta casa. Desde o princípio Eduardo disse que apreciava a tarefa, eu disse que odiava e ficou assim. Dos afazeres do lar, lavo e passo roupas, planejo e faço a comida. Eduardo lava as louças e pica a cebola sempre que está presente nesse momento choroso. E o resto? O resto a gente ia sapecando aqui e ali, conforme dava, até que arranjamos uma especialista que comparece semanalmente e dá conta de tudo.

Estou em “licença suína” desde que veio o surto da gripe (pois estou grávida e afastada), assim que virei dona de casa (impagável essa expressão.... Também as mulheres que trabalham fora chegam esbaforidas com uma sacola de compras embaixo do braço, acendendo um microondas aqui, apertando um botão da máquina ali e tentando dar conta do mínimo para a sobrevivência familiar). Desde então os papéis estão marcados: Edu trabalha fora e eu trabalho dentro. E nessa descobri que ele era uma máquina incansável de lavar louças. Não suporto mais olhar pra pia... e, se eu realmente quiser, posso passar o dia limpando que existe sim o que limpar e arrumar.

Só sei que quando ele chega em casa e sentamos pra jantar, fica naquela... eu, que sempre fui a falante não tenho o que falar e ele não tem o que escutar. O pior é eu mesma me achar um saco, porque quando abro a boca é pra falar de assuntos domésticos.

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